quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Não se cale nunca mais!


   Boa noite, corvinhos. Ontem eu assisti uma palestra sediada pelo cursinho pré-vestibular no qual sou matriculada. Foi uma atividade extremamente dinâmica, onde escutamos o que os convidados tinham a dizer e aqueles que assistiam passaram a fazer perguntas e a dizer o que pensavam sobre esse e alguns outros assuntos. E foi algo bem inspirador pra mim, principalmente porque eu não consegui perguntar o que queria nem dizer o que pensava, mesmo todos os presentes se permitindo a ouvir.


   Quantas vezes você voltou pra casa com o que queria dizer preso em sua garganta? Aquelas palavras pesadas que não descem, mas também não saem. Quantas vezes HOJE, você se calou? Eu queria perguntar para vocês, mas também para mim.

   Eu não sei o motivo desse medo, mas sei que ele existe e sei que ele nos limita. Aparentemente, nós estamos tão acostumados a sermos ignorados, que não sabemos reconhecer uma oportunidade de falar e, ainda por cima, nos acomodamos ao pouco retorno que temos dessa vida no anonimato.

   Aceitamos a opinião da maioria como sendo nossa, aceitamos as atitudes de poucos que machuca milhares, porque "quem tem dinheiro manda". Nós assistimos a chacina cultural, a aniquilação ambiental e a erradicação da esperança, porque "uma única pessoa não pode mudar nada".

   Por que estamos quietos, sendo que há quem lute e há quem sofra? O que nos impede aqui e agora? Por que o nosso medo está sendo maior que nós mesmos?

   Nós temos voz! Nós, e apenas nós, sabemos o que queremos! E, mesmo assim, por que fingimos que é uma causa perdida? O medo não é uma parede, o medo não tem força física para nos segurar, ele apenas nos mostra onde temos que nos fortalecer e, nesse momento, precisamos fortalecer nosso espírito!

    Eu não serei espectadora, pois um grito abafado também pode ser ouvido!

   Quantas vezes mais você se calará?

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