Indicação: Capitão América - Guerra Civil

E ai galera, Corvo Gordo está de volta com as indicações.

Hoje vou tratar do mais recente lançamento do “Marvel Cinematic Universe (MCU)”.

“Capitão América: Guerra Civil” estreou dia 28 de abril em território Brazzuca, e está muito bem encaixado com o rumo dos eventos do universo cinematográfico.

O filme segue quase de imediato à tragédia de Sokovia, do filme “Os Vingadores: a era de Ultron”. Vale lembrar que o citado filme foi o primeiro incidente com baixas civis para o grupo de heróis. Quando o próximo incidente leva a baixas inesperadas, os governos do mundo decidem por limitar o poder de atuação dos Vingadores sob a tutela da ONU. Alguns heróis aceitam, outros não. Esse é o enredo básico que nos é apresentado.

Atentados terroristas são ligados ao soldado invernal, colocando o Capitão América em uma posição complicada e efetivamente dividindo os lados da “guerra”.

O filme é relativamente bom, nos padrões Marvel, porém com um teor reduzido na comédia, principalmente se comparado com (a porcaria) o último “Avengers”.

Imagens maravilhosas, com ambiente mais restrito e urbano. Perseguições que realmente transparecem a ação e muitas cenas de luta marcam as 2 horas e 27 minutos de filme, evitando que ele seja cansativo.

A participação do Homem-Aranha, que aparentava ser curtíssima pelo trailer, é na verdade muito bem colocada, e bem trabalhada, exibindo a inserção de um herói em idade escolar numa batalha que não entende bem.

Hulk e Thor estão excluídos pelo enredo anterior, embora não haja realmente nenhuma justificativa boa para a ausência do gigante esmeralda.

Um grande ponto a favor, é a entrada do príncipe T’Challa no universo em questão. O Pantera Negra é de extrema importância para todo o enredo e principalmente para a conclusão do filme, protagonizando algumas das melhores cenas de luta no MCU.

Normalmente não sou cativado pelos heróis e sim por seus poderes, mas vejo o príncipe de Wakanda com os mesmos olhos que os fãs da DC veem o Batman.

T'Challa

Agora começam as reclamações (quem acompanha no facebook do blog sabe que eu quase escrevi uma resenha da decepção).

O filme é raso, cheio de problemas de enredo, alguns definitivamente críticos, e muito distanciamento dos quadrinhos.

A falta de heróis é completamente justificável, não há elenco preparado para assumir tantos papéis, e nem dinheiro suficiente para tanto cachê, mas não é só isso.

Alguns personagens ficam  isolados em batalha, a participação em combate do Visão ( que deveria ser um indivíduo bastante poderoso e eficiente) é muito fraca nos momentos de ação, com forte enfoque em sua futura relação afetiva com a Feiticeira Escarlate.

O homem formiga era dispensável. Com poucos minutos de tela, é um personagem sem muita importância para o filme. Aliás, toda a cena de luta no aeroporto é dispensável para a história do filme, podendo ser retirada com ajustes mínimos para encaixe. Também poderíamos dispensar a lesão sofrida pelo Coronel Rhodes ( já exibida no trailer), que não passa de uma desculpa para possivelmente excluí-lo de algum próximo filme.

O motivo da briga é tão banal que chega a ser estúpido, e vai contra toda a mentalidade anterior dos personagens, principalmente de Tony Stark, que em momentos anteriores, deliberadamente agiu pelas costas da S.h.i.e.l.d e a investigou antes de tomar qualquer decisão (Primeiro filme dos Avengers). Toda a discórdia poderia ter não existido se os dois principais heróis tivessem se sentado por 5 minutos para explicar o que estava acontecendo.

Confesso que estou polarizado pelas críticas ao universo cinematográfico DC, me orientando em oposição ao sol sorridente dos filmes Marvel, mas ainda assim, este foi um filme feito para “fan boys”, do tipo estúpido mesmo, crianças resultados da “revolução Bazingarista” e da popularização do Nerd e do Geek, pessoas essas que nunca devem ter tocado numa HQ. Digo isso porque é o que pude observar durante a sessão de cinema, preenchida majoritariamente por jovens (12 a 18 anos), “endinheirados”, visualmente no estilo do “novo Nerd”, e principalmente mal educados. Conversavam durante a sessão e reagiam exageradamente ao filme, culminando em aplausos ao acender das luzes (não façam isso, não há ninguém para ouvir suas palmas, é falta de educação).

O cabeça de teia.

O filme é bom e divertido, vale a corrida ao cinema antes dos spoilers, mas nunca valeria um segundo ingresso. Ainda tenho mais a reclamar, mas teria de entrar no mundo dos Spoilers, e me nego a fazê-lo propositalmente. Por isso desde já agradeço pela paciência.

Muito obrigado, até a próxima.