segunda-feira, 11 de abril de 2016

Indicação: Dredd (2012)

Hoje venho com uma indicação um pouco nebulosa para mim. Meu julgamento sobre esse filme é um pouco complicado dado que eu nunca li uma Hq sequer desse personagem, mas como sou mundo fã desse universo mais sóbrio dos filmes de “heróis”, vou deixar minha opinião para vocês.


                Lançado em 2012, essa parceria entre África do Sul e Grã Bretanha foi dirigida por Pete Travis, e baseada nas Hqs “Juiz Dredd”. É um filme de ficção/ação com temática pós-apocalíptica, numa sociedade de mega construções e muita densidade urbana, com altos índices de criminalidade e opressão extremamente violenta aos crimes. Nessa sociedade, que constituída apenas 120 anos no futuro, os Juízes são a mão da lei, agindo como policiais, júris e carrascos.
                O filme foi um fracasso de bilheteria, devido ao tom extremamente sombrio e violento, gerou uma receita de pouco mais de 35 milhões e meio de dólares, com custo de produção de 50 milhões, encerrando assim as esperanças dos fãs de qualquer sequência.
Em minha opinião, esse é um filme para o qual o público ainda não estava preparado em 2012, e ainda não estaria mesmo com o ótimo cenário para os filmes de Hqs que vivemos atualmente. Os resultados de “Batman vs Superman” e “Watchman”, mostram que a sociedade não está pronta ainda para filmes mais adultos, severos e inteligentes sobre super-heróis, que ainda são tomados como objetos do interesse de crianças.
Se você procura um universo colorido e feliz no estilo Marvel de cinema, esse não é um filme para você. A truculência e a dureza muito mais realistas exibidos nesse tipo de filme não tem cativado ainda nossa sociedade cheia de falsas esperanças.
Penso eu, que, com a chegada de um universo DC mais realista e cruel, em alguns anos, poderíamos estar prontos para um remake desta obra, que para mim, tem excelente qualidade.
Mas vamos às características do filme.
Cenários obscuros e sensação de aridez e poeira caracterizam muito bem esse futuro pós inverno nuclear. Os efeitos visuais cinéticos transparecem uma sensação bem vívida de impacto, com destaque para a destruição causada pelos tiros e para as poucas cenas de queda dos corpos. Os momentos do alucinógeno (“plot” do filme) são visualmente impressionantes e se adaptam muito bem ao 3D.
Os personagem são muito bem construídos, com principal destaque a dureza de caráter, a violência e a inflexibilidade do Juiz Dredd, que toma fortemente em suas mãos o dever de ser a lei, não hesitando em atirar nem mesmo em outro Juiz (corrupto esse).
Talvez seja justamente essa inflexibilidade em manter-se correto que cative o pequeno público, é um tipo de característica pouco vista no universo cinematográfico (só me lembro de Rorschach).

Os efeitos sonoros são bem encaixados e as atuações são bem satisfatórias, com pequenos detalhes que possamos reclamar.
Bom, galera, se você não é menor de idade, ou impressionável, eu recomendo que assista “Dredd”, pois vai encontrar um grande título nos 95 minutos de tela.
É isso por hoje, pessoal, espero que tenham gostado. Eu sei que estamos meio devagar, mas estamos tentando manter a programação, por isso deixo meus agradecimentos, e não deixem de conferir mais indicações ai em baixo.

Muito obrigado.

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