sexta-feira, 1 de abril de 2016

Eu vs Meu Clone Malvado #3

   Olá, queridos leitores e amigos. Hoje volto com uma das minhas séries favoritas aqui do blog e irei escrever sobre as comparações que faziam entre eu e a Goiaba quando éramos criança e como isso nos afeta hoje.



          1. Nota alta x nota baixa
   Eu e ela sempre tivemos interesses distintos, principalmente quando se tratava de escola. Ela se destacava em Geografia e História, enquanto eu em Matemática e Português. Mas, com um pouco mais de frequência do que eu, Goiaba ficava de recuperação na escola, o que levava os adultos a fazerem comentários maldosos sobre estudos, o que não tinha fundamento, pois estudávamos juntas, apenas não era o melhor jeito para ela. Até hoje ela detesta sentar em uma sala fechada e pegar um livro pra estudar.

         2. Magra ou não
Minha irmã era, de longe, muito mais magra do que eu, portanto, era visualmente mais atraente para os garotos do que eu. Como eu possuía consciência de que era mais cheinha, usava apenas roupas largas, que não valorizavam nada em mim, o que me tornava mais desagradável de se ver. Até hoje sou influenciada pelos comentários da época, ou seja, quase dez anos após tudo isso, ainda possuo autoestima baixa.

         3. Nêga do cabelo duro que não gosta de pentear
Apesar de nós duas sermos brancas como leite, possuímos cabelos cacheados (e bem cacheados). Quando éramos pequenas, ninguém nos disse como cuidar de cabelos como os nossos, já que a tendência era alisar. Quanto a isso, sofremos juntas. Penteávamos nossos cabelos todos os dias, mesmo eles estando secos, parecíamos dois leõezinhos, por isso, os cabelos sempre estavam presos. E, quando a Goiaba decidia não pentear, algumas garotas “populares” diziam o quanto ela era desleixada. Tivemos muita dificuldade de assumir os cachos, ouvindo coisas como "por que vocês não alisam como a Ana?", passamos uma parte muito grande de nossas vidas mantendo-os presos e nos perguntando “por que não nasci com o cabelo liso igual ao de fulano?”.

         4.Peitos, sem peitos
A puberdade chegou antes para mim, virei mocinha um ano antes e comecei a criar peitos também. Vocês se lembram o quão maldosos eram os comentários em seu Ensino Fundamental II? Você já foi um garoto maldoso da sexta série? “Goiaba é bonita, mas é uma tábua”, “Raven é gorda, só ficaria com ela se fosse pra pegar nos peitos”. Sinceramente, acho que eu nem preciso dizer quais são os reflexos disso em nossas personalidades hoje e nem preciso mencionar o quão difícil foi superar essa fase, para nós duas.

         5.Titular e esquenta banco
Nós duas adorávamos esportes, praticamos vôlei, natação, ginástica olímpica, futsal e, nosso maior amor, handebol. Goiaba era uma excelente goleira, passou por treinos rigorosos e a elasticidade, que possuía devido aos outros esportes, a ajudaram bastante. Enquanto eu... Nem o fato de eu ser a única canhota do time foi o suficiente para me fazer titular. Apesar de eu ter treinado bastante também, não consegui mudar muito minha situação, fazendo eu me sentir inferior a minha irmã. Até hoje eu possuo certas decaídas, dependendo de minha irmã em muitos assuntos e me sentindo nervosa em competições. Porque eu me lembro de certa vez que uma garota do time me disse que eu só iria viajar para uma das competições se fosse pra manter minha irmã no time. Acho que não preciso mais comentar isso, ne?



   Bom,  eu poderia fazer uma lista quilométrica de comparações, mas vou me contentar com apenas cinco delas, ou perco a metade de meus leitores com minhas histórias desmotivadoras. Eu só quero deixar claro que não estou falando dessas experiências pessoais porque quero que vocês fiquem com pena de mim não, até porque são coisas que aconteceram quando eu era criança.

   O que eu quero é que as pessoas tenham consciência do que falam e como falam com as crianças. Não é legal você compará-las, porque elas são pessoas diferentes, com gostos diferentes e personalidades diferentes! E não achei melhor método de ilustrar isso do quê com relatos de duas pessoas que são muito semelhantes do lado de fora, mas são completamente distintas por dentro.


   Bom, espero que tenham gostado do post. Não se esqueçam de deixar suas perguntas e sugestões nos comentários, eu e a Goiaba adoraremos responde-las. Ah, e se você passa ou passou por algo semelhantes com seus irmãos, não esqueça de nos dizer também. Obrigada pela atenção.

2 comentários:

  1. Tentar superar os traumas sofridos nos tempos de escola, eu diria ser improvável, depois que terminei o colegial, criei uma teoria de que o ser humano até os 20 anos de idade, não vê maldade em nada que ele fala, isso nos torna um poço de incovenientes,até mesmo nós já falamos alguma coisa pra magoar alguém naquela época e não víamos o dano que estávamos causando. Porém chega um certo momento de nossas vidas que a sociedade nos faz criar consciência dos nossos atos, e do peso que elas tem...resumindo a escola era um lugar cruel, onde sonhos eram destruídos, se fazia inúmeras inimizades, poucas amizades verdadeira e se saía com novos objetivos e pouca sabedoria...

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